terça-feira, 19 de junho de 2012

Definição sobre hormônios

Hormônio é uma palavra que vem do grego, e que significa excitar, estimular. Os hormônios saem de uma glândula secretora (endócrina) e vão excitar as células-alvo, onde encontram receptores que lhes permitam realizar seus trabalhos. Assim sendo, os hormônios são substâncias que dentro do organismo, representam o papel de sistema de comunicação entre as células. Cabe ainda observar que eles podem ter ação em um órgão distante da célula de origem, em células próximas ou na própria célula, após a substâncias ter passado pela cir-culação. A fabricação e a liberação de hormônios é controlada pelo produto final da célula ou estimulada ou inibida.(Vieira, 1996)


Os hormônios masculinos e femininos existem em todos os indivíduos e em ambos os sexos sua dosagem é importante no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Os homens têm a testosterona fabricada pelos testículos e as mulheres têm os ovários que fabri-cam o estrogênio e a progesterona.(Vieira, 1996).
Em 1963, Pfeiffer um cientista, estudioso da genética, em suas experiências demons-trou que os hormônios gonadais agiam sobre os comportamentos sexuais básicos em ratos e outras cobaias. Segundo o experimento, ao se retirar os ovários de uma rata (nos primeiros dias de vida) e inserir nela testículos, Pfeiffer observou que na vida adulta o animal passou a agir e ter comportamentos de um rato do sexo masculino. O inverso também mostrou ser verdadeiro. Em 1964, Harris, reviu a pesquisa de Pfeiffer e concluiu que a diferenciação do com-portamento sexual dependia da influencia dos hormônios no cérebro. (Quaglia, 1980 apud Vieira, 1996)

A inibição da testosterona por drogas recebidas pela gestante (anestésicos, cyproterona, barbituricos e talvez a progesterona) também pode levar a diminuição das tendências e atitudes masculinas. Por outro lado, o excesso de andrógenos atuando em fetos geneticamente femininos (síndrome androgenital) leva a virilização da genitália externa e produz um tipo de personalidade que se caracteriza por maior despêndio da energia na infância, no esporte. (Money & Ehrhradt, 1968 apud Vieira, 1996, p. 15)

Para concluir esse assunto podemos dizer que mesmo após o nascimento, a diferencia-ção sexual não está terminada. Assim substâncias químicas ingeridas, como medicamentos e modificações endócrinas eventuais podem alterar os caracteres sexuais secundários em qual-quer momento da vida. Essas alterações tem um peso muito maior se ocorrerem na puberdade, pois quando acontecem, podem mudar o rumo da diferenciação sexual, acarretando em desvi-os tanto de ordem fenotípica quanto no sexo psicológico (Lima, 1996)



fig 1 – exemplificação simplificada da ação dos hormônios na puberdade. Enfocando a se-qüência e as diferenças entre os padrões masculinos e femininos.

Pensando na questão da adolescência e puberdade o aumento inicial do andrógeno da supra-renal é apenas a primeira etapa de uma complexa seqüência de mudanças hormonais que estão detalhadas acima. (BEE, 1996)

A partir de um sinal do hipotálamo, a glândula pituitária, começa a segregar maiores níveis de hormônios gonadotrópicos, e isso por sua vez estimula o desenvolvimento das glân-dulas nos testículos e ovários, que começam então segregar mais hormônios, testosterona nos homens e uma forma de estrógeno chamada estradiol nas mulheres, essa liberação de hormô-nios faz com que comecem a se desenvolver os caracteres sexuais secundários.(BEE, 1996)

Referências:


BEE, Helen. A criança em desenvolvimento, 7a Ed. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1996
LIMA,Celso Piedemonte. Genética humana, 3a Ed., São Paulo: Editora Harbra, 1996
VIEIRA, Tereza Rodrigues. Mudança de sexo: Aspectos médicos, psicológicos e jurídicos. São Paulo: Livraria Santos Editora, 1996.

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