Diversos estudos comprovam que em 20 sessões, já é possível ao psicólogo ter um perfil completo do paciente transexual, que permita a ele subsídios e dados para confirmar que aquele é um(a) paciente adequado(a) para realizar a cirurgia.
O atendimento compreende três etapas:
1ª Anamnese minuciosa de todos os aspectos da vida do paciente. (Identificação/ Queixa Principal/ Histórico de alguma patologia atual/ História Pessoal/ Historia Familiar e Histórico Patológico Pregresso). Nessa etapa, conseguimos identificar todo e qualquer problema patológico e de relacionamento social/familiar que o paciente esteja vivenciando ou tenha vivenciado.
Assim como é possível identificar algum tipo de traço de dissociação de personalidade (como esquizofrenia, por exemplo) que faça o paciente acreditar que pertence ao sexo oposto ao seu, mas que não se enquadra na realidade de disforia de gênero (ou transtorno de identidade de gênero) apresentada pelo transexual.
2ª Aplicação de testes psicológicos específicos. Nessa etapa, conseguimos confirmar se há ou não traços de dissociação de personalidade no paciente.
3ª Psicoterapia. Essa última etapa é que permite ao psicólogo expor a situação real para o paciente. Se ele realmente for adequado para a cirurgia haverá toda uma conversa sobre como é a cirurgia, como é o pós-operatório, como é de suma importância que após a cirurgia o paciente volte a fazer terapia, pelo menos por um mês, para que ele se acostume psicologicamente a toda a mudança, etc.
Já no caso dos pacientes inadequados, é esse o momento no qual o psicólogo explicará ao paciente que ele não se encaixa no perfil para cirurgia, expondo os motivos e a não liberação do laudo.
Todo esse processo deve ter uma duração mínima de 20 sessões, mas obviamente, pode ter o número de sessões necessárias para que o psicólogo possa formular, com confiança e convicção, o laudo de liberação para a cirurgia.
Como o processo psicoterápico é muito complexo, dificilmente um paciente inadequado (ou seja, aquele que pode vir a apresentar arrependimento após a operação) seja liberado para operar. Com isso, a taxa de arrependimento pós-cirurgias de transgenitalização e adequação sexual são muito baixas.
Psicóloga - Dra. Marjorie Martins - SP
Formada pela Universidade Federal de São Carlos/ Universidade Federal de São Paulo, atua no acompanhamento psicológico LGBT, em especial, de pessoas transexuais.
Atende em São Paulo e Indaiatuba.
Atendimento presencial e on-line (www.marjoriemartins.com.br)
Contato: marjorie.martins13@gmail.com